Coisas/ desenhos/ programas/ filmes que assistíamos na televisão – Parte 1
Este novo quadro/série
foi resultado de papos que venho tendo com várias pessoas há algum tempo.
Certamente terei de separar em partes (ah céus, o sentimento na nostalgia vai
desfechar um ataque digno de ser chamado de fatality).
E bem, começaremos este árduo e longo trabalho de Operação
Lembre-se do seu Passado de uma maneira não tão dolorosa e com os desenhos (oh
god champz!)
Sugestão: ouça a música das introduções dos desenhos que assistia enquanto lê este post.
Sugestão: ouça a música das introduções dos desenhos que assistia enquanto lê este post.
Os canais
E aqui cada canal tinha uma essência para não dizer um "símbolo" ou os "símbolos". Quando digo "símbolos" me refiro à algum desenho que dava uma maior audiência por ser o
favorito e conhecido entre o público, ou apenas o seu preferido. Anyway aqui destaco os eternos: Cartoon
Network (quando era "Cartoon Network" e não apenas o tímido "CN" atual),
Nickelodeon, Fox Kids a atual Jetix que virou Disney XD e o canal da Disney. Claro claro, na TV aberta ainda tinha a famosa TV Globinho, SBT (e quem se lembra
do Disney Cruj?) e Record, esta última que ficou conhecida principalmente pelo
Pokemon.
Conforme já esclareci não será uma tarefa muito fácil,
então não se irritem caso esqueça de algum. A meta aqui é de trazer nostalgia e não providenciar um dossiê de cada desenho, filme ou programa que venha a ser citado aqui. Colocarei um pequeno resumo do enredo em alguns casos e em outros colocarei algumas memórias minhas que podem inspirar o leitor a se lembrar das suas. Esta nova série será dividida em
várias partes nas quais lerei atentamente cada sugestão. Let’s go:
Dragon Ball, DBZ e DBGT
Preciso contar? Diga que não. É a sua obrigação saber.
Antes de tudo..
“O céu resplandece ao meu redor
Como as estrelas brilham entre as nuvens sem fim
Só a verdade vai cruzar pelo céu azul
E a verdade vai crescer dentro de mim”.
“Cha-la head cha-la
Não importa o que aconteça
Sempre tenho a força e o poder”.
Parece poesia não? Pois é o tempo passa.
Esse aqui passava em vários canais e era interessante
observar as sagas que cada emissora transmitia. Lembro-me muito bem de
acordar, ligar a televisão e estar passando Dragon Ball Z na TV Globinho, sendo que uma vez chegou a ser interrompida devido ao 11 de Setembro. Na
realidade já estava acordado fazia algum tempo porque o DBZ era sempre o
penúltimo ou o último desenho a ser transmitido, quase sempre ao lado de Power
Rangers. O DBGT? O mesmo. E quem não sentiu um nó na garganta no último
episódio do GT embora não tenha sido tão boa quanto a primeira ou as sagas "Z"?
Tímidas vezes foram transmitidas as "raras" temporadas do DB, a saga Sayadin e
Freeza (no ano de 2006) na tv aberta, sendo totalmente censuradas ou "picotadas"
para posteriormente serem cortadas por definitivo.
O desenho era transmitido também na Cartoon Network, que até
entre 2008 e 2009, portanto antes do “filme” (e digitar filme mesmo com as
aspas faz minha tolerância se sacudir de raiva) realizava várias maratonas aos
Sábados. Inclusive o canal nos seus tempos de ouro, era a que mais
exibia todas as sagas e até os longas da série.
E finalmente na TV Bandeirantes. Essa me lembro muito bem.
Neste canal ainda no começo desta década (me sentindo um adulto agora..),
passava e reprisava a temporada dos Andróides somados com a do Cell (foi aqui
que muitos passaram a ficar loucos pela Andróide 18. Não quer me enganar. Quer?)
através do programa Band Kids (céus..alguém aqui se lembra da “Oi sou Kira!”
?). Outros animes como Sailor Moon e Tenchi Muyo tiveram os direitos comprados
pelo canal, todavia o dono do palco era o Dragon Ball. Me recordo que quase
sempre chegava de casa no exato horário que passava o DB. Conhecidência?
Talvez.
E sim.. você tomava Toddynho enquanto assistia Dragon Ball, um desenho em que os personagens eram lutadores e dispensavam moleza.
Que contraste..
Pokemon
Este daqui vai consumir bastante espaço já que discutir
sobre Pokemón, não é falar apenas do anime porém de toda a “mania” ou “febre pokemolistica”
que teve em nosso país e de certa forma no mundo. No Brasil isto se rendeu
graças à tv aberta e com a eterna Cartoon Network que até pouco tempo atrás, como
no caso do DB, também realizava maratonas.
A fama certamente foi atribuída ao trio Ash Ketchum, com seu
inesquecível boné e o seu inseparável Pikachu, o safado gentil Brock e a adorável
Misty.
A mania do Pokemon foi tão grande que tudo o que você via
era apenas sobre Pokemon e acreditem, parecia até Copa do Mundo, só que ao invés
de se ver uma bandeira, o estandarte era a Pokebola ou o rosto do Pikachu que para todas as
mães, todo o Pokemon detinha este nome. No final da década de
90 e no começo deste milênio, quando o Game Boy Color começava a dar os seus
primeiros passos e praticamente enterrando os "Tamagotchi" (mas fazer o que, é a lei natural), o sucesso do portátil se deu graças aos cartuchos do Pokemon Gold, Silver, Blue, Yellow, Red, Green.. que davam horas de felicidade e disputa para os jogadores.
De qualquer maneira o Pokemon foi um dos responsáveis por
terem introduzido no ocidente a moderna cultura nipônica, resultado de um
intercâmbio de informações entre os dois lados do mundo. O desenho era
quase sempre transmitido nas manhãs época em que alguns tinham de aturar os picotes dos programas de desenho matinais enquanto comíamos biscoito com a estampa do Pokemon, (do’h) para depois colocar
as pilhas no Game Boy e levá-lo até a escola onde jogávamos nos intervalos (porque quando não era isso, era futebol ou brincar de Power Rangers), sem
esquecer é claro das várias promoções que a Elma Chips vivia fazendo. Lembro
até de uma promoção do Guaraná que vinha uma Pokebola junto.
Talvez a única parte grosseiramente irritante foi a de ter visto os longas no cinema. Sim os filmes eram bons, diria até excelentes, no
entanto o que incomodava era a imensidão de crianças acompanhadas pelos seus pais (que
certamente foram ordenados a levar o filho ao cinema, o que explicava o rosto
franzido deles) tentando adivinhar o nome de cada Pokemon que surgia na tela.
Certa vez enquanto via Pokemon 2000, duas crianças (e uma delas até hoje
acredito que tenha sido uma menina), discutiam na sala do cinema se o Pokemon
que estava sendo mostrado era o Zubat ou o Butterfly. O detalhe é que elas
berravam pois sentaram-se em filas diferentes. Um minuto depois metade das
pessoas que viam o filme já gritavam (algumas estavam de pé) por silêncio quase dando um tapa nos dois.
Para finalizar, o Pokemon que estava sendo exibido não era nem o Zubat e nem Butterfly
mas sim o Arbok
“¬¬”
Depois desse dia virei mestre em diferenciar cobras de
morcegos e outros voadores.
PS: Neste período quem tinha a figurinha da Elma Chips, do
Mew, Mewtwo, fita cassete dos filmes, Game Boy Color com os cartuchos do
Pokemon ou o Pikachu (ou Jigglypuff para as meninas) de pelúcia era o tido como
o dono do corredor da escola no momento do intervalo entre os intelectuais.
Caverna do Dragão / Dungeons & Dragons
Tudo começou quando Hank, Eric, Diana, Sheila, Presto e
Bobby entraram em uma montanha russa chamada “Dungeons & Dragons”, contudo um
portal transporta o grupo para um mundo chamado “Reino”. Dali em diante eles
são guiados pelo misterioso Mestre dos Magos que lhes concede as armas e
explica a profissão de cada um (cavaleiro, arqueiro..). Como em um mundo
medieval fantasiado, os protagonistas, cada um com uma vocação e seu respectivo
poder, enfrentavam além do Vingador, ogros, feiticeiras, zumbis, gigantes,
dragões e outras criaturas. No entanto, neste caminho fizeram muitos amigos também.
Muito conhecido pelos sem-graça-da-sociedade (conhecidos
como "aspirante à depressão") que alegam e usam em sua defesa argumentos e
outras teorias retiradas de sabe lá de qual lugar, nos quais sempre afirmam que
o Mestre dos Magos era o vilão e cúmplice do Vingador (toda vez caçoado
só porque tinha um chifre), a Uni que servia para atrapalhar e atrasar de
propósito os planos dos protagonistas e outras histórias arrogantes e
igualmente bizarras. Além disso ainda tinha a multidão de telespectadores
meninos que sentiam amor platônico pela Sheila, que deve ser complicada de se
relacionar, afinal se um encontro conjugal estiver chato, ela simplesmente põe
a capa e vai embora deixando seu parceiro chorando com um taça de vinho na mão.
De que lugar eu tiro essas histórias?
Bem, é muito bom ressaltar (e ressaltar em dobro) que a
Caverna do Dragão é derivada de um RPG de tabuleiro (Role Playing Game) e que
sim o desenho teve um episódio final, embora tivesse uma essência de penúltimo
capítulo. De qualquer maneira, há entrevistas com o roteirista (Michael Reaves)
no qual explica os motivos do último episódio não ter sido produzido, embora já
houvesse o roteiro pronto.
Mas vamos lembrar. Caverna do Dragão foi aquele desenho que
a TV Globinho ou a TV Globo sempre transmitiu, acredito que até antes da década
de 90.
O Fantástico Mundo de Bob (Bobby's World)
Antes de começar a escrever este post, sugiro que veja a
introdução deste fantástico desenho.
Não adianta, nós sentimos afeto por essas coisas, sobretudo
por uma animação que realmente incentivava a imaginação. Quem aqui não recorda do triciclo de Bob, do seu irmão encrenqueiro e do seu animal azul de
pelúcia?
No começo do desenho o Bobby sempre conversava com o criador
do cartoon (que quando entrava na animação se transformava no pai da criança).
No decorrer do episódio, Bobby por vezes tem de viajar ou encarar um grande
desafio, como encontrar-se com a sua tia ao qual guarda grande medo. Para afastar os seus
receios, Bobby passa a imaginar o mundo de sua maneira, como a de uma criança.
O desenho foi transmitido na SBT e na Fox Kids, sendo que
naquele durante as manhãs, ao lado de Bananas de Pijama (d’oh) e outros
desenhos do Looney Tunnes que citarei aqui.
Corrida Maluca (Wacky Races) / Máquina Voadora ou Esquadrilha Abutre
Duas frases:
“Pegue o pombo, pegue o pombo, pegue o pombo, pegue o pombo
agora! Prendam, segure, agarrem, capturem. Peguem o pombo agora!”.
“Mutley, faça alguma coisa!”.
Esses dois nostálgicos e clássicos dos estúdios Hanna Barbera, não
poderiam deixar de serem colocados. Tanto a Corrida Maluca e o Máquina
Voadora possuíam personagens extremamente estereotipados (no bom sentido),
todavia com dois vilões em comum: Dick Vigarista (que reúne todos os aspectos
de um vilão, seja na aparência como nas suas atitudes) e seu mascote, o Mutley.
Em Corrida Maluca haviam vários tipos de corredores, entre
eles o inconfundível "Carro Tanque" guiado pelo Sargento Bombarda e o Soldado
Meekley, "o Carro Conversível", o "Turbo Terrífico" sendo talvez o único
autêntico carro de corrida, a admirável "Penélope Charmosa" e é claro, aquele que
sempre chegava em último mesmo trapaceando (chegando perto da vitória somente duas vezes), o
Dick Vigarista junto com o Mutley, exclamando várias vezes durante os
episódios: raios! Cada piloto tinha um truque especial para atrapalhar os
demais oponentes, havendo desde uma dupla de condutores de um veículo de pedra
pré histórico, até um lenhador ao lado de uma casa assombrada móvel e muitos
outros.
Alguém chegou a notar qual piloto ganhou mais?
A Máquina Voadora ou a Esquadrilha Abutre era um desenho
quase nos moldes dos Looney Tunnes com a essência da Hanna Barbera. O
enredo era bem simples: um pombo correio para entregar uma mensagem importante,
deveria passar por um grupo de pilotos (um tanto neuróticos) guiados pelo Dick
Vigarista que era comandado pelo "General", ao qual humilhava seu
subordinado quando este fracassava. O grupo de pilotos (formados pelo estranho
gago ou sabe lá o que era quando falava, Klunk e o tímido Zilly que sempre se
escondia em sua roupa) em cada episódio montavam aviões de diversos tipos a fim
de capturar o pombo Doodle.
Tenho quase certeza que os malvados de plantão torceram para
o Mutley capturar e degustar o Doodle no jantar.
Ambas as animações passavam nas manhãs da SBT.
Tartaruga
Touché e Dum Dum (Touché Turtle)
“Viva
Touché” ou “Touché and away”.
Difícil não se lembrar de Touché agarrado em uma corda e se
jogando em seus inimigos.
A história deste cartoon é tão marcante que chega a se
confundir com a historia dos desenhos. Sua obrigação ter assistido.
A animação retratava as aventuras de uma tartaruga (que de
tartaruga não era nada em vista da sua grande agilidade) que recebia o nome de
Touché e do seu amigo Dum Dum, um cão. Ambos usavam chapéus similares ou
iguais aos usados pelos mosqueteiros da França, utilizando espadas que não
cortavam, mas sim espetavam seus oponentes que eram na maioria
dragões, plantas e outras criaturas da fantasia. O fato engraçado é que apesar
do ambiente retratar uma época um tanto arcaica, Touché atendia o telefone que
ficava dentro de sua carapaça.
Scooby Doo
“Scooby
Doo. Where are you?”.
Os produtores da Hanna Barbera eram demais mesmo.
O Scooby Doo representou novamente aquele marco na geração
de desenhos da década de 60 (me refiro à série criada neste período) que ignora
os moldes atuais que não possuem mais aquela linha tênue que separa as animações
criativas para as poucas criativas. Ignorando o fato de ser sido como "obsoleto", Scooby Doo na sua versão antiga, até muito recentemente era
transmitido pela CN que as vezes volta a reprisar os capítulos da velha guarda.
A sinopse era bem simples: a moça inteligente (Velma), a patricinha (Daphne),
o metido a forte (Fred), o medroso (Salsicha) e o cão que compartilha a mesma característica, se reuniam para
resolver casos aparentemente sobrenaturais, todavia os vilões eram sempre
criminosos ou em raros casos, mágicos querendo brincar com a turma, exceto no "Os 13 fantasmas de Scooby Doo" que chegou a passar na TV aberta nos horários
de desenho.
Houveram várias versões além dos clássicos dos anos 60 e 70: "The 13 Ghosts of Scooby Doo", "A Pup Named Scooby-Doo", "What’s new Scooby-Doo" e
muitos outros, sendo que cada versão reservava uma característica própria
(mudança de traços, troca de personagens, fisionomias, tipos de vilões...). A
maioria fora exibida e reprisada na televisão.
Nestes anos, por volta de 2004, a SBT transmitia logo ao anoitecer,
me fazendo recordar até dos tempos de Disney Cruj (e aquela correria para
chegar em casa..). Posteriormente foi exibido nas manhãs e nas noites da CN até
o ano de 2010.
Os Anjinhos (Rugrats)
Rugrats foi aquele tipo de desenho que me fez pensar: e se
eu fizesse isso mesmo que esteja usando fraldas invés de cuecas?
Nos tempos da Nick quando esta transmitia Kenan & Kel e
Rocket Power, Os Rugrats ou "Os Anjinhos" surgiu.
Um grupo de bebês, liderados por Tommy Pickles (embora não
seja um líder definido), tem a peculiaridade de serem extremamente curiosos
a ponto de saírem de suas casas ou longe do campo de vista dos pais e desbravar
o mundo. Para
atrapalhar ou intervir nas ações dos bebês, surge Angelina Pickles, irmã "malvada" de Tommy que sempre está acompanhada de sua boneca, a Chyntia. No time, cada
bebê tem sua particularidade como Chuckie Finster, melhor amigo de Tommy que
ganha ênfase com seus óculos enormes e a sua hesitação em se aventurar; os
gêmeos Phil e Lil; o irmão mais novo de Tommy, Dil Pickles e outros que foram aparecendo ao longo dos capítulos.
Sakura Card Captors
Uma vez escutada a música tema, dificilmente esquecerá.
Quando a canção for tocada poderá ouvi-la de longe.
E diferente do Dragon Ball, não era todo o marmanjo que
assumia que via Sakura, até porque a maioria dos brinquedos e objetos foram destinados para as meninas durante certo tempo.
Sakura Kinomoto tem 10 anos quando acaba por abrir um livro
chamado: o "Livro Clown". Dali saem dezenas de cartas (52 para ser mais exato)
que se espalham por Tomoeda, cidade japonesa que a protagonista morava. É
apresentado também Kerberos, o guardião das cartas que mais parecia um animal
de estimação ou de pelúcia. É claro que apenas pegar as cartas seria o cúmulo
da facilidade, então elas, logicamente, tem um poder que assume
personificações, então é o dever de Sakura, como cardcaptor, enfrentar estas
criaturas para assim conseguir recapturar o selo em falta.
Sakura foi um anime que chegou a ser transmitido na Cartoon
Network e na TV aberta durante um bom período que reunia outros clássicos,
sejam eles animes ou não. O interessante é a grande ascensão e reconhecimento
da Sakura entre os públicos de ambos os gêneros que culminou na ruptura naquele paradigma
de "somente para homens" ou "somente para meninas".
Yu Gi Oh
“Para proteger meu filho das forças das trevas, deixei o
baralho dele em cima do guarda roupa”.
Sinceramente prefiro nem comentar de qual programa escutei
isso.
O Yu Gi Oh assim como Pokemon, Digimon e vários outros, foi legitimado
e deixou seu legado logo nas primeiras temporadas. A ideia era totalmente
autêntica. Aqui não haviam criaturas batalhando entre si (no sentido de Pokemon ou Digimon), portanto um "combate"
mais estratégico a fim de não dizer até refinado no qual o foco eram as cartas.
O desenho passou na Nicklodeon e na TV Globinho. Como tudo o
que cai na tv aberta, nós tentávamos adaptar o anime para o nosso mundo. Alguns
compravam os decks e quando mostravam o famigerado Dragão Branco de Olhos Azuis
do Seto Kaiba, sentiam-se como "cavaleiros da luz que irradiavam um néon cafona de
cor rosa choque combinado com amarelo". A estória trazia Yugi, um pacato estudante colegial
(estudantes..sempre eles) que certa vez montou o Enigma do Milênio no qual seu avô,
o senhor Sugoroku, tinha. Surgia então o Dark Yugi que aparecia nos momentos
difíceis.
Contar o enredo inteiro aqui ficaria muito cansativo, então
caso tenha alguma dúvida consulte algum site, animes ou mangás.
Mas voltando, o Yu Gi Oh durante a sua transmissão (por
volta dos anos de 2003 e 2004), passou por enormes críticas exacerbadas que
difamavam o desenho por apresentar um jogo de cartas (acredito que tenham
pegado o Yu Gi Oh para criticar pois falar de RPG de tabuleiro estava demasiado
cansativo). Anyway não citaremos estes detalhes.
Em qualquer loja de quadrinhos ou papelaria haviam cartas do
Yu Gi Oh. Quem não tinha desenhava as cartas. Embora fôssemos inocentes, o Yu
Gi Oh era sempre tachado como “baralho” (que para eles era igual truco) então os inspetores recolhiam e
diziam: “só a sua mãe que pode vir buscar”. No caso de um amigo meu, chegaram a
incendiar o deck inteiro (e receio que a churrasqueira foi mais potente que o
Guerreiro da Espada de Chama Dourada em termos de incendiar algo). Vários
fatos corriqueiros ocorriam mas mesmo assim Yu Gi Oh ficou na memória de muitos
durante algum tempo e para outros até hoje que permanecem jogando o card game.
O anime teve um longa acompanhado de uma promoção. A cada
ingresso que pagasse recebia grátis uma carta que era exibida no filme. É claro que
todos, como eu, queriam o Dragão Luminoso de Olhos Azuis ou o Sorcerer of Dark Magic (se eu não me engano). O que eu ganhei? A
felpuda criatura em formato de bolinha de nome "Watapon" (200 ATK / 300
DEF).
“¬¬’”
Pelo menos ganhei algo neste dia.
PS: Admita que você queria ter o Kuriboh de pelúcia e
quando trazia o Mago Negro junto com o Dragão Branco de Olhos Azuis consigo, sentia-se
o dono de corredor (apenas sentia-se porque na realidade não passava de um Zé
ruela).
InuYasha
Tudo bem que este anime não passou quase nada na televisão,
seja por sua dublagem em português inacabada, seja por seus problemas em ser
transmitido que superava até as dificuldades da Kagome achar os pedaços da Joia
de Quatro Almas pelo mundo. Chegou a ser transmitido na TV Globinho os
primeiros episódios, todavia por um tempo extremamente resumido. A Cartoon
Network alguns anos atrás reprisou durante as madrugadas dos dias de semana. A
notícia era boa? Sim, mas eu não era um zumbi noturno (e ainda não sou).
No enredo, Kagome é uma estudante que cai em um poço,
chegando a ser atacada por um monstro. Ainda viva, ela sai do buraco e se
depara com o Japão feudal. Encontrando importantes pessoas pelo caminho como a
Kaede (conhecida pela alcunha de "cala a boca sua velha", frase muito dita por
Inuyasha), irmã da sarcedotista Kikyou, na qual Kagome é descendente. O monstro
que a estudante havia se deparado volta para pegar a Jóia de Quatro Almas que a garota havia ganhado do seu avô (e que presentão hein vô?!) Ela foge e
localiza Inuyasha. A vida de ambos nunca mais seria a mesma. O monstro é
derrotado, entretanto surge outro yokai em forma de corvo que engole a jóia.
Para sintetizar, em uma atitude de total inteligência por
parte de Kagome, embora não tivesse opção, ela acerta uma flecha no corvo
ocasionando a quebra da Jóia de Quatro Almas. Resultado? Kagome e Inuyasha tem
de procurar cada fragmento da jóia que está espalhada pelo mundo antes que
caiam em mãos erradas. Por serem os mais aptos, a dupla no princípio
prontamente recusa a tarefa por se odiarem, no entanto os sentimentos aos
poucos começam a mudar.
Inclusive uma excelente recomendação para quem gosta da
história nipônica.
Luluzinha (The Little Lulu Show)
Como poderia esquecer deste?
Luluzinha foi responsável pelo surgimento de várias palavras
e clubes como "o clube do Bolinha" ou "clube da Luluzinha", destinada
exclusivamente para homens e mulheres, respectivamente.
Seguindo aquela linhagem de menina vs. menino, Luluzinha é
uma garota bastante articuladora (essa palavra era para ser usada para os
vilões mas tudo bem) e esperta que sempre se preocupa com os demais. Sendo
extremamente teimosa ela participa de diversas aventuras como vender chocolates
pela cidade, ajudar sua mãe em um concurso de culinária e na maioria das vezes
discutir com Bolinha, um menino que sempre elabora planos para humilhar as
garotas, resultando sempre em fracassos, porém ainda sim guarda um grande afeto pela
amiga. Destacam-se aqui Aninha, a melhor amiga de Luluzinha; Alvinho, cuidado
por esta já que é uma criança mal-educada e Glória, que é amada pela maioria dos
meninos.
O desenho era transmitido pelas manhãs e é exibido em outros momentos
nas madrugadas da tv aberta.
X-Men
Grande X-Men!
Tenho que confessar que a única gótica que realmente gostei
do visual foi a vampira do X-Men Evolution.
Pulando este pequeno detalhe que não significa amor platônico
(really!), X-Men foi o clássico dos clássicos. Com isto realmente não há muito
que discutir e tampouco o que comentar. Na década de 90 fora produzido o
X-Men: Animated Series, grande clássico exibido na FOX que infelizmente não
teve um grande reconhecimento no Brasil, sendo transmitido aos sábados em raros
momentos. Os traços desta animação eram muito similares (a fim de não
dizer iguais) ao dos quadrinhos.
Por outro lado o X-Men: Evolution teve um reconhecimento
enorme em âmbito nacional. Na animação (escrita por nada mais
que Stan Lee) contava uma história "à parte" dos X-Men de quando eram
adolescentes, então cada mutante tinha seu "aspecto de estudante". O Ciclope,
por exemplo, era popular, a Jean Grey uma garota bastante inteligente enquanto
a Vampira a estranha do colégio, vestindo trajes góticos e usando uma luva
para não machucar outrem. A série ainda mostrava a Tempestade, Wolverine e o
refinado Professor Charles Xavier ligeiramente mais novos.
E pode ser a versão que for, o Wolverine nunca perde o charme.
Apesar de ter sido uma animação com um foco totalmente
diverso, fez muito sucesso e chegou até a quarta temporada, cujo encerramento
deixou aquele gosto de "quero mais".
Doug
O Doug é o que chamamos de "primordios da Nick" e de certa
maneira até da TV aberta (no caso TV Cultura), afinal quem se lembra deste
recorda até da TV Colosso.
O protagonista cujo nome é igual ao do título, é um adolescente
tímido, com um grande nariz, que ama a música, leitura e imaginava-se em
diversas ocasiões, ora como o super herói "Quailman", ora como um arqueólogo e
outras idealizações pessoais. Doug (o nome é homenagem ao afilhado do
produtor) logo no primeiro episódio muda-se para a cidade de Bluffington. Dentre
os personagens haviam a Patti, que possui um afeto quase oculto por Doug;
Porkchop ou "Costelinha", o estranho cão de Doug que tinha a casa em forma de
iglu; Roger, o líder de um grupo bad boy da área; Phil e Theda, como os pais do
protagonista; Judith Anastasia, irmã mais velha e fã das obras de William
Shakespeare e finalmente o pele verde Skeeter Valentine, melhor amigo de
Doug.
Os traçados deste cartoon são totalmente originais e únicos.
A Vaca e o Frango (Cow and Chicken)
A Vaca e o Frango juntamente com Billy e Mandy foram aqueles tipos de animação que me ensinaram a aplicar a palavra "bizarro" nos desenhos. "Cow and Chicken" não era tido como algo normal para mim, todavia assistia
porque CN era CN (e me refiro aos tempos da brilhantina deste canal), ao qual
passava em horários diversos. Até hoje acredito que uma das intenções da "Vaga
e o Frango" era a de satirizar.
A começar pela Vaca que vivia apertando seu irmão Frango
(sim o irmão dela era um frango cujos pais eram humanos) e tornava-se
super-heroína para combater Bundefora (ou bun** de fora tendo características
físicas idênticas de alguém que chamaríamos como “capet*”), no qual
atrapalhava os planos de todos e tentava descobrir a identidade da SuperVaca. O
desenho para variar, teve dois episódios censurados nos EUA por serem
exageradamente permeados por humor negro (oxé..). Um deles eu me lembro de ter visto.
E sim, aprendi a falar um pouco de espanhol no "Vaca e Frango".
Os fortes entenderão.
Laboratório de Dexter (Dexter's Laboratory)
No Laboratório de Dexter, o cientista prodígio, todavia
muito azarado e irritado com tudo e todos, fazia dois atos primordiais em seu
cotidiano: brigar com a sua irmã Dee Dee e superar o seu outro
rival super-dotado, Mandark. Dexter tinha um laboratório secreto, cuja entrada
era ocultada por uma estante, no entanto a sua irmã mais velha sempre conseguia
acesso ao cômodo independente que o cientista fazia para impedi-la. O grande
problema é que a menina com a grande agitação acabava destruindo todas as
invenções do pequeno gênio.
Passou na Cartoon Network e de certa forma a história do
desenho é tão expressiva que se une até à história da emissora.
Em Busca do Vale Encantado (The Land Before Time)
Esse é clássico da TV aberta e uma memorável produção de
Steven Spielberg e George Lucas.
Sempre que me perguntam: você sabe algum desenho que teve
quatro continuações? Não, porém sei de um que teve mais de 8 continuações. Serve?
Em Busca do Vale Encantado foi aquele tipo de cartoon (que deu origem à séries e longas) que
filhos(as) assistiam com as suas mães (e estas sempre choravam). Fora
transmitido em alguns canais pelas manhãs durante quase vinte anos, desde o
início da década de 90, posterior a sua produção. O desenho descreve as
aventuras de uma turma de pequenos dinossauros, liderada por Littlefoot, que
sempre almejavam um objetivo relativamente complicado de se resolver como encontrar
uma fonte de água em um local longíquo.
O longa disputa "pedra por pedra" contra O Rei Leão e Bambi (nos
quais também comentarei sobre) na categoria: "cena mais dramática na história
dos desenhos".
Um verdadeiro clássico.
Cãezinhos do Canil (Pound Puppies)
Esse tive que me esforçar um pouco para lembrar.
O Cãezinhos do Canil é aquele outro desenho que você
assistia de manhã enquanto comia algo como.. Passatempo recheado que a sua mãe sempre
trazia porque era difícil tirar os olhos da tela ou porque você era
ridiculamente preguiçoso mesmo.
A inspiração da animação é oriunda de uma linha de
brinquedos. Surgiu como um especial e com a grande audiência resolveram fazer
uma série.
Hora do Recreio (Recess)
Eu adorava a introdução deste.
Passou na Disney Channel e na Disney Cruj da SBT quando
infelizmente esta chegava ao seu fim.
O protagonista era Jasper Theodore "TJ" Detweiller que em
parte majoritária de suas aparições, vestia um boné com a aba trás e caminhava
com seus cinco melhores amigos, discursando a fim de defender os direitos dos
alunos sobretudo no horário do recreio, período em que se transcorriam a
maioria das confusões dentro do colégio. Os membros do grupo eram Spinelli,
garota um tanto rebelde e que prefere buscar as soluções dos seus impasses com a força;
Gretchen Priscilla, criança prodígio que resolve qualquer assunto acadêmico
em menos tempo que os demais alunos; Vincent Pierre, grande atleta e amigo de
TJ; Michael "Mikey", aluno culto e sobrepeso e Gustav Patton (sim em homenagem
ao general Patton) que é novo na escola. Todos
são incomodados pela rígida inspetora, a senhora Finster.
O Pequeno Urso (Little Bear)
Baseado em um livro, o Pequeno Urso foi transmitido na tv
fechada e aberta no final da década passada e no início desta. O protagonista é
um urso (jura? Nossa Wind, como você fazendo comentários sábios hoje) cujos amigos
e pais também são animais exceto a simpática Emily que ajuda o urso sempre
quando necessário.
O desenho originalmente foi transmitido na Nickelodeon. No
Brasil, além desta emissora, a TV Cultura exibia O Pequeno Urso durante o dia.
E aqui termina a primeira parte desta nova série. Conforme enfatizei algumas vezes, irei sim colocar outros desenhos nas próximas partes, além de filmes e programas, portanto não se incomodem caso tenha faltado algum neste post.
See ya!
E aqui termina a primeira parte desta nova série. Conforme enfatizei algumas vezes, irei sim colocar outros desenhos nas próximas partes, além de filmes e programas, portanto não se incomodem caso tenha faltado algum neste post.
See ya!
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